1- O tema do nosso trabalho de Área de Projecto será “Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012”. Gostaríamos de saber se nos poderá esclarecer algumas dúvidas sobre as alterações que vão ser feitas na cidade.
Ainda há pouco houve uma assembleia pública sobre os 5 projectos que foram feitos para Guimarães em 2012.
Como podem ver, no site da Câmara (www.cm-guimaraes.pt) aparecem lá os “5 projectos para Guimarães”, onde podem encontrar uma série de textos, e fotos 3D. Em principio estes projectos ficarão prontos em 2012, podendo alguns ficar concluídos mais cedo: temos, portanto, o parque da cidade desportiva, na zona de Creixomil, onde estão implantadas as piscinas municipais; na zona do Toural, Alameda de S. Dâmaso e Rua de St. António, como concerteza já viram, vai haver mais alterações e mexerá com a zona mais central da cidade.
No Toural, em princípio, vai haver um parque subterrâneo (toda a área do Toural não vai ter trânsito), a zona da Alameda vai ser estruturada e haverá uma melhor ligação com a zona de couros, que também já tem vários equipamentos.
2- O que é que a Doutora pensa dessas novas mudanças que vão ser feitas?
São mudanças estruturantes, muito importantes para o desenvolvimento, e mesmo qualificação, da cidade. É mais um parque de lazer, numa área tão vasta que, unicamente, tem uma parte agrícola: tem uma série de estufas e mesmo explorações. Vai ter um enorme lago e todo o tipo de equipamentos (zona Creixomil).
3- Vai haver mudanças profundas numa cidade muito tradicional…
Mudar também é preciso. Não quer dizer que o tradicional não possa continuar, mas a cidade tem que desenvolver, potencializar-se… e depois há mais projectos interessantes: a feira semanal que, em princípio, vai mudar para a beira do Mercado Municipal, pois nessa zona existe uma área ainda verde. Também faz mais sentido a feira e o mercado situarem-se perto da central de camionagem.
Há também um projecto que vai ser desenvolvido na zona de couros, onde temos a Pousada da Juventude e o Cybercentro. É um projecto da Câmara Municipal conjuntamente com a Universidade do Minho, onde vão ser compradas e recuperadas fábricas para serem instalados ateliers de design, haverá, portanto, uma ligação da parte académica da Universidade com a Câmara, que também vai intervir de determinados modos.
4- A ausência de trânsito no Toural vai ser benéfico para a cidade?
Penso que sim. É uma zona que está, em termos de trânsito muito incidente. Para alem disso, o parque subterrâneo vai ser benéfico para o comércio, pois muitas vezes não há estacionamento, ou estacionam em segunda fila. Os passeios praticamente são diminutos, nomeadamente na Rua de St. António.
5- As mudanças, tanto no Toural como as outras, estão previstas para começarem já ou estão a ser adiadas para 2012?
Não sei se serão em 2012 ou antes. Mas o Toural, pelo menos, poderá ficar antes, em 2009.
Só para terminar, vou mostrar um outro projecto, que também foi discutido em público, e que se trata da reestruturação do antigo mercado. Este local vai ter um museu sobre a fundação e origem da cidade, D. Afonso Henriques, o Castelo… é, portanto, um museu vivo. Poderá depois ter outras funcionalidades, como a feira de artesanato, passagens de modelos e um espaço de lazer.
Poderá haver mais estruturações na cidade devido ao facto de ser Capital Europeia da Cultura, mas não estou dentro desses projectos.
6- Para fazer um planeamento de uma cidade, quais os aspectos que são tidos em conta?
Em primeiro lugar é importante considerar a questão da população. Se formos a ver, Guimarães tem muitas potencialidades para albergar uma dimensão acentuada de população, mas nesta área urbana não tem assim tanta população quanto isso, tem à volta de 50.000 habitantes. Será importante unir esforços, já que temos tantas potencialidades, para tornar um pólo mais atractivo para a cidade.
Quanto à questão do trânsito, é fundamental haver uma modificação, e também quanto ao comercio, visto que Guimarães, em termos de Centros Comerciais, é uma zona fraca.
Assim, à primeira vista, é o fundamental… e se existem estas potencialidades temos que aproveitar. Estes factos são bons por serem um pólo de atracção, mesmo no caso do turismo, que tem vindo a aumentar, mas algumas coisas têm que ser estruturadas e têm que passar por estas mudanças.
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